
Um pacote selvagem e indistinto pulou no conjunto de baforados parisienses. Oito jovens cuja presença é o animal de assalto em um impressionante Tohu-Bohu. Os calafrios garantidos nas fileiras de um público que não esperava essa descarga de eletricidade. Esta entrada realizada, o tsunami de energias se acalma gradualmente para abrir espaço para um espetáculo articulado entre corpos e palavras. O pacote cai. É humano no efeito de uma ternura que contamina, para melhor, cada um dos protagonistas.
Os artistas vêm do teatro, hip-hop, rap, vagão de estação ou dança clássica. Seus músculos salientes, seus gritos de rally e seus gestos furiosos dizem apenas aparências. É para o cruzamento dessas aparências que uma representação entusiasmada e inteligente convida que prefere a exposição de dúvidas e fraquezas ao conforto das certezas.
Dirigido por Julie Berès, co -escrita por Julie Berès, Kevin Keiss, Lisa Guez e Alice Zeniter, Ternura consegue Desobedecerum programa 100 % feminino que explorou a experiência de meninas da segunda ou terceira geração de imigração. Desta vez, sete meninos e uma mulher povoam o set. Sete atores que caem nas máscaras da masculinidade triunfante em um cenário de rock preto. Uma cenografia íngreme que evoca um Everest a subir como uma caverna platônica. O fato é: Ternura é a elevação espiritual e a auto -administração.
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