
Um pai, sua filha e, entre eles, uma distância que nada pode abolir. Com A distânciaapresentado em Vedène no Avignon Festival, Tiago Rodrigues assina um espetáculo intenso e subjugador, sujeito à força centrípeta de uma bandeja que se volta sobre a aceleração de seu tempo para entrar em pânico até que você entre em pânico com os retinas do público. Uma terrível cena dervista entregue a um transe obsessivo cuja contemplação causa uma forma de espanto.
No entanto, não é uma interrupção de pensamentos, emoções, sentimentos ou razão de que esse movimento perpétuo de um círculo de premissas com mil metáforas convite. Pelo contrário. A órbita deste disco, cortada pela metade pela linha aberta de troncos de árvores emaciadas e um bloco de granito lamentável, contém e restringe as paixões. Os dos dois personagens presentes (interpretados pelos formidáveis Adama Diop e Alison Dechamps), os do público cujas percepções, longe de dispersar, focam, com crescente clareza, sobre representação.
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