Antes de se perguntar sobre a sensibilidade às ondas, é essencial entender o que essas ondas realmente nos cercam. O ondas eletromagnéticasondas eletromagnéticasinvisível paraolhoolho nu, são campos que transportamenergiaenergia. Eles podem ser de origem natural – como o luzluz de solsollá raioraio Ou o campo magnético da Terra – ou de nossas tecnologias modernas. Eles estão por toda parte: em nossos telefones celulares, Wi-Fi, antenas de rádio, mas também em eletrodomésticos e até certos equipamentos médicos.
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Essas ondas são distinguidas em particular por sua frequência, isto é, o número de vibraçõesvibrações que eles realizam cada segundo, medidos em HertzHertz (Hz). Por exemplo, 1 GHz corresponde a um bilhão de vibrações por segundo. Algumas ondas têm uma frequência muito baixa, como as das linhas de energia, enquanto outras vibram muito mais rápido, especialmente as usadas para telefonia móvelmóvel Ou Wi-Fi. Diariamente, essas ondas vêm de nossos dispositivos eletrônicos pessoais e da infraestrutura de comunicação ao nosso redor. Eles são tão onipresentes que é quase impossível escapar.
Eletronossibilidade, uma doença reconhecida?
Mas e quanto à sua perigosidade? A questão é legítima e complexa. Autoridades de saúde, comoOrganização Mundial de SaúdeOrganização Mundial de Saúde (Quem) ou a Agência Nacional de Segurança em Saúde (AlçasAlças), monitore esse assunto com cuidado. Até agora, nenhuma evidência científica sólida estabeleceu apenas ondas eletromagnéticas, dentro dos limites recomendados de exposição, representam um perigo comprovado para a saúde. Esses limites são definidos com precisão para proteger a população, seja em espaços públicos ou privados. No entanto, algumas pessoas relatam sentir sintomassintomas que eles atribuem à exposição a ondas, mesmo em níveis baixos. É nesse contexto que o debate faz parte da eletronossibilidade.
A eletronossibilidade, também chamada de EHS (eletro -hipersensibilidade), inclui um conjunto de distúrbios que alguns pacientes se conectam a ondas eletromagnéticas. Os sintomas relatados são numerosos e variados: dor de cabeça, fadiga intensa, distúrbios do sono, dificuldades de concentração, irritações da pele, náusea, palpitações … essa sintomatologia difere amplamente de pessoa para pessoa. Para alguns, essas demonstrações são leves e suportáveis, embora para outras, elas podem se tornar uma desvantagem significativa na vida cotidiana. É importante especificar que a eletrossensibilidade não é reconhecida como uma doença pela comunidade científica. Se os sintomas são muito reais para aqueles que os vivem, eles não correspondem a nenhum diagnóstico médico preciso. Às vezes falamos de “intolerância ambiental idiopática”, um termo científico que significa desconforto cuja causa exata permanece desconhecida. Diante dessas incertezas, a pesquisa continua a entender melhor esse fenômeno e responder às preocupações da população. Enquanto isso, a vigilância e a conformidade com os padrões continuam sendo as melhores maneiras de reconciliar o progresso tecnológico e de saúde pública.
Uma luta diária entre sofrimento e reconhecimento
Quando falamos sobre eletrorosensibilidade, não é apenas um leve desconforto para aqueles que sofrem com isso, mas uma realidade profundamente esmagadora suas vidas. Essas pessoas geralmente precisam repensar completamente seu estilo de vida para limitar sua exposição a ondas eletromagnéticas. Alguns deles eliminam completamente os objetos conectados de sua vida diária: telefones celulares, Wi-Fi ou até certos eletrodomésticos. Para ir além, eles podem cobrir o paredesparedes de sua casa com materiais isolantes, como folhas de alumínio, na esperança de bloquear o Campos eletromagnéticosCampos eletromagnéticos. Outros, em busca de serenidade, optam por se exilar longe das ondas. Eles se estabelecem em áreas “brancas” tão chamadas, desprovidas de redes móveis e antenas. Um exemplo emblemático é o City of Green Bank, em Virginia-Western (Estados Unidos), onde as ondas são quase proibidas devido à presença de um observatório radioastronômico.
Na França, o caso da mídia de Philippe Tribaudeau ilustra essa luta. Em fevereiro de 2024, este eletronossensível de sessenta e poucos anos obtido, pela primeira vez, o direito de permanecer em uma terra ocupada ilegalmente na floresta de Vanson, na provência de Alpes-de-Haute. O tribunal reconheceu implicitamente o gravidadegravidade de seus sintomas, justificando que ele pode permanecer longe das ondas. Mas a situação permanece frágil. Algumas semanas depois, o Tribunal de Apelação cancelou essa sentença, acreditando que a saúde do Sr. Tribaudau não poderia ter precedência sobre o direito de propriedade do Estado. Ela confiou em um relatório do ANSES, que lembra a falta de evidência científica sólidosólido Conectando as ondas aos sintomas mencionados por pessoas eletrossensíveis. Essa imprecisão legal e médica é encontrada em outros arquivos semelhantes, mergulhando esses casos em uma verdadeira dor de cabeça.
A eletronossibilidade ainda não é oficialmente reconhecida como uma doença na maioria dos países. Conseqüência: As pessoas envolvidas devem lutar para reconhecer sua desvantagem, obter ajuda ou simplesmente encontrar um lugar onde possam viver sem sofrimento. Na França, a Câmara dos Deficientes Departamentais (MDPH) pode, sob certas condições, atribuir esse reconhecimento. Internacionalmente, a pesquisa está aumentando. Na França, Anses continua seus estudos para entender melhor esse fenômeno. Na Bélgica, o grupo bioeletromagnético belga também trabalha sobre esse assunto, enquanto na Holanda, um programa nacional analisa os efeitos dos campos de saúde eletromagnética. Este debate, longe de ser fechado, faz parte de uma dinâmica global. Apesar de tudo, as decisões judiciais favoráveis permanecem excepcionais e muito individualizadas. No entanto, essas raras vitórias mostram que a justiça está começando a levar em consideração o sofrimento real de que a exposição às ondas pode causar algumas pessoas. Um primeiro passo em direção a um melhor entendimento e, talvez, um reconhecimento oficial por vir.